Os pesquisadores já haviam tentado criar um dispositivo desse tipo antes, mas os resultados finais nunca foram satisfatórios.
A equipe concentrou-se no fator transparencia, de modo que desenvolveu um concentrador solar luminescente transparente que pode ser colocado sobre uma superfície transparente como uma janela, podendo colher a energia solar sem afetar a transmissão de luz.
A tecnologia utiliza moléculas orgânicas que absorvem comprimentos de onda da luz que não são visíveis ao olho humano, como luz infravermelha e ultravioleta.
Richard Lunt, professor assistente de engenharia química e ciência dos materiais na Faculdade de Engenharia da Universidade de Michigan, diz:
“Podemos sintonizar esses materiais para captar apenas os comprimentos de onda ultravioleta e infravermelho próximo que então ‘brilham’ em outro comprimento de onda no infravermelho. A luz capturada é transportada para o contorno do painel, onde é convertida em eletricidade com a ajuda de tiras finas de células solares fotovoltaicas”.
Como a área de uma fachada é maior do que a de um telhado, especialmente em edifícios de vidro, esses dispositivos podem aproveitar ao máximo as fachadas destes edifícios. Eles não afetariam o projeto arquitetônico e representariam uma tecnologia muito mais eficiente. No entanto, eles também podem ser integrados em edifícios antigos.
Segundo reportagem no New York Times:
“Se as células puderem ser feitas de forma duradoura, elas poderão ser integradas em janelas de modo relativamente barato, já que grande parte do custo da energia fotovoltaica convencional não é da própria célula solar, mas dos materiais em que é montada, como alumínio e vidro. O revestimento de estruturas existentes com células solares eliminaria parte desse custo de material.
Se as células transparentes, no final das contas, se mostrarem comercialmente viáveis, o poder que elas geram poderia compensar significativamente o uso de energia de grandes edifícios, disse o Dr. Lunt, da Universidade de Michigan.
“Não estamos dizendo que poderíamos abastecer todo o edifício, mas estamos falando de uma quantidade significativa de energia, suficiente para coisas como a iluminação e o fornecimento de energia elétrica do dia a dia”, disse ele.”