Existem problemas gigantescos para irmos à Marte, diz brasileiro da Nasa

E as notícias não são animadoras. Ele jogou um balde de água fria em quem já planejava juntar um dinheirinho para comprar uma passagem no foguete de Elon Musk.

Cenas de 'Perdido em Marte' estão longe de ocorrer, diz brasileiro
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Se a humanidade já conseguiu de alguma forma desvendar alguns aspectos de Marte, o brasileiro Ivair Gontijo é um dos responsáveis.

O cientista da Nasa, formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), foi um dos líderes do projeto que culminou com a ida do veículo Curiosity para o planeta vermelho no início da década.

Hoje ele mora na Califórnia (EUA) e trabalha no projeto que levará a próxima sonda para o planeta vizinho, então aproveitamos uma rápida passagem dele pelo país para perguntar ao físico: quanto tempo falta para podermos morar em Marte?

 

“Ainda existem problemas técnicos gigantescos, como produzir oxigênio. É uma viagem que demora entre oito e nove meses. Não sei dizer quanto tempo falta, mas imagino umas duas ou três décadas. Depende muito do investimento.”, diz Gontijo.

Além de achar um jeito de produzir oxigênio para a longa viagem, o brasileiro cita como empecilhos técnicos a dificuldade de armazenar comida para os astronautas fazerem o longo percurso até chegar a Marte e o espaço pequeno destinado a humanos dentro dos foguetes já usados para ir ao planeta vermelho.

Gontijo sequer arrisca uma data para pisarmos em solo marciano, até por não estar diretamente ligado ao projeto que visa levar humanos ao planeta.

O que ele sabe, por trabalhar no grupo que vai lançar um novo robô para o planeta vizinho, é que estamos muito mais preparados para descobrir vida por lá.

Ivair Gontijo, ao lado da Curiosity: brasileiro ajudou a projetar robô.

“Estamos muito mais preparados para procurar por vida. Temos equipamentos melhores, técnicas mais sofisticadas e entendemos mais de sequenciamento de DNA. O equipamento de hoje é completamente diferente do de vinte, trinta ou cinquenta anos atrás”, afirmou o cientista brasileiro.

A nova pesquisa vai coletar amostras e procurar por material orgânico em Marte, algo vital para descobrirmos se há ou houve vida ali em algum momento.