Os Mistérios do Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas é uma das áreas mais temidas do planeta devido as histórias assustadoras de navios e aviões que se aventuraram na região e desapareceram sem deixar rastro.

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O Triângulo das Bermudas é uma região na parte ocidental do Oceano Atlântico Norte. A forma triangular que dá nome à região é formada por três pontos geográficos: a ponta da Flórida, as Bermudas e Porto Rico, embora os limites exatos do triângulo não sejam muito bem definidos. Na verdade, o Conselho de Nomenclatura Geográfica dos EUA não reconhece “Triângulo das Bermudas” como um nome oficial.

O primeiro registro de um encontro estranho no Triângulo das Bermudas data de 1492, quando Cristóvão Colombo navegou pela área em sua primeira viagem ao Novo Mundo. Ao passar pela região, Colombo registrou em seu diário de bordo que teria visto uma “grande chama de fogo” colidindo com o oceano e algumas semanas depois, ele teria visto uma “luz estranha” à distância e notado leituras erráticas em sua bússola.

O Triângulo das Bermudas há muito tempo captura a imaginação das pessoas devido a uma série de desaparecimentos inexplicáveis ​​de navios, aviões e pessoas. Acredita-se que mais de 50 navios e 20 aviões tenham desaparecido dentro de seus limites em meados do século 19.

 

USS Cyclops

O navio USS Cyclops desapareceu no Triângulo das Bermudas em março de 1918, transportando 10,8 mil toneladas de minério de manganês e cerca de 300 passageiros e tripulantes. O capitão nunca enviou um sinal de socorro e nenhum membro da tripulação respondeu a chamadas de rádio de diversos de navios próximos. Nenhum sobrevivente e nem os destroços foram encontrados.

De acordo com uma reportagem da revista Time, o misterioso desaparecimento do USS Cyclops pode ter sido causado por um motim. Sem grandes tempestades nas Índias Ocidentais onde o navio foi avistado pela última vez, alguns especularam que o navio tivesse sido alvo de minas ou submarinos alemães. Outros acreditavam que um polvo gigante teria arrastado o navio para sua toca. A Marinha, no entanto, desconsiderou as duas teorias.

Uma hipótese é que o capitão, impopular, teria sofrido uma tentativa de motim, enquanto outra afirma que o navio teria afundado devido a uma falha de design: um fundo plano, que fez com que ele virasse facilmente. Dois outros navios, Proteus e Nereus, tinham a mesma falha e mais tarde naufragaram em circunstâncias semelhantes.

Voo 19

Em dezembro de 1945, cinco torpedeiros da Marinha dos EUA TBM Avenger partiram de Fort Lauderdale, Flórida, para uma missão de treinamento de duas horas sobre o Atlântico.

A patrulha perdeu o contato de rádio com a base e todos os cinco aviões, juntamente com seus 14 membros da tripulação, desapareceram sem deixar rastros.

Para aumentar o mistério, um hidroavião PBM Mariner foi despachado naquela noite para resgatar o voo 19, mas, juntamente com seus 13 tripulantes, também desapareceu.

Embora o autor Vincent Gaddis, que cunhou o termo “Triângulo das Bermudas”, afirme que os aviões desapareceram em condições ideais de voo, o cientista australiano Karl Kruszelnicki acredita que a patrulha tenha desaparecido devido a uma combinação de mau tempo e erro humano: “O tempo não estava bom, havia ondas de 15 metros”.

Kruszelnicki também observa que, entre a patrulha, apenas um piloto, o tenente Charles Taylor, era realmente experiente. E, de acordo com Kruszelnicki, Taylor tinha chegado de ressaca naquele dia, voou sem relógio e tinha um histórico de ter se perdido e abandonado o avião duas vezes.

Quanto ao hidroavião de busca e salvamento, de acordo com Kruszelnicki, ele não desapareceu sem deixar rastros, na verdade, várias testemunhas oculares o viram explodir.

Star Tiger

Setenta anos atrás, voar de Londres para as Bermudas era uma proeza nova e perigosa, com uma parada obrigatória de reabastecimento nos Açores, um arquipélago no meio do Atlântico, antes de continuar os cerca de 3 mil quilômetros até as Bermudas, na época a distância limite dos aviões comerciais.

Em 1948, o Star Tiger da British South American Airways (BSAA) desapareceu no ar, transportando 25 passageiros e seis tripulantes.

Segundo uma nova reportagem do jornalista Tom Mangold, o avião provavelmente ficou sem combustível. A aeronave estava equipada com um aquecedor não confiável e, para manter o avião aquecido, o piloto poderia ter voado pelo Atlântico a uma altitude muito baixa, levando à queima de combustível a um ritmo muito mais rápido.

Star Ariel

Em 1949, um ano após o desaparecimento do Star Tiger, o BSAA Star Ariel, que tinha um histórico de segurança ruim, viajava pela mesma rota e também desapareceu sem deixar rastros.

De acordo com Tom Mangold, ele provavelmente sofreu uma grande falha técnica, o que seria resultado de um design ruim.

Alienígenas

Uma explicação para os desaparecimentos misteriosos é a de que o Triângulo das Bermudas abrigaria uma base alienígena subaquática.

Outros acreditam que existe um buraco no céu em que as aeronaves podem entrar, mas não conseguem sair.

Cientistas em geral costumam refutar as duas teorias.

Monstros Marinhos

Outra teoria é a de que criaturas marinhas extraordinárias se escondem sob as águas do Triângulo das Bermudas.

Um desses monstros seria a Besta das Bermudas, uma criatura gigante que viveria na região. Acredita-se que ela salte da água e pegue navios e aviões no ar, possivelmente para comê-los.

Os cientistas realmente encontraram criaturas extraordinárias no Triângulo das Bermudas, mas sob a forma de zooplânctons e caramujos.

Atlântida

Outra teoria baseia-se na civilização perdida de Atlântida, um continente no meio do Atlântico que teria afundado subitamente.

A lenda do reino perdido originou-se com Platão, mas a ideia de que a Atlântida poderia ter sido um lugar real surgiu no final do século 19 em um livro de Ignatius Donnelly.

Mais tarde, o conceito foi adotado por Charles Berlitz, que afirmou que Atlântida era um continente real localizado nas Bahamas e teria afundado no infame Triângulo das Bermudas.

A maioria dos historiadores e cientistas, no entanto, acredita que a Atlântida de Platão não passa de ficção.

Vórtices e Anomalias Temporais

O Mar dos Sargaços abriga vórtices e redemoinhos de água.

Alguns acreditam que esses vórtices podem sugar objetos para outras dimensões ou permitir viagens no tempo, o que poderia explicar o desaparecimento de tantos aviões e navios.

Os cientistas, no entanto, gostam de acreditar que isso é material para ficção científica, não para a ciência.

Bombas de Ar

Alguns acreditam que “bombas de ar” estariam por trás dos desaparecimentos misteriosos.

Um episódio da série What on Earth, com Randall Cerveny, diretor do departamento de meteorologia da Universidade Estadual do Arizona, deu asas a essa teoria e o programa apresentou a teoria como uma explicação legítima para os mistérios envolvendo o Triângulo das Bermudas.

De acordo com o narrador do programa: “os cientistas acreditam que os fortes ventos registrados por radar no Mar do Norte também existem abaixo das nuvens hexagonais sobre as Bahamas, e o meteorologista Randy Cerveny acredita que eles estão conectados a um fenômeno atmosférico aterrorizante”.

As formas hexagonais nas nuvens poderiam ser formadas por “bombas de ar” ou micro-explosões que poderiam ter afundado navios e aviões. Cerveny, no entanto, não gostou de ter a teoria apresentada como uma solução para o mistério.

Gases Oceânicos

Alguns cientistas atribuem o mistério do Triângulo das Bermudas a gases oceânicos.

Cientistas noruegueses acreditam que a liberação de gases do oceano seria responsável por alguns dos desaparecimentos de navios. Eles descobriram que o mar pode produzir enormes explosões de gás metano que se acumulam no fundo do oceano.

Essas explosões poderiam ser capazes de afundar navios que apenas estavam no lugar errado, na hora errada.

Ondas Vagalhões

Cientistas da Universidade de Southampton acreditam que ondas gigantes podem estar por trás de muitos dos naufrágios.

O Triângulo das Bermudas é particularmente propenso a furacões, e quando tempestades e ondulações oceânicas de várias direções colidem, elas podem criar um fenômeno relativamente comum na área conhecida como “ondas vagalhões”, que podem chegar até 30 metros de altura.

Corrente do Golfo

Muitos acreditam que a Corrente do Golfo seja parcialmente responsável pelos acidentes.

A corrente quente do oceano que flui do Golfo do México ao redor do Estreito da Flórida e depois segue em direção nordeste até a Europa é extremamente turbulenta e pode causar mudanças rápidas e às vezes violentas nas condições meteorológicas.

Variação Magnética e Erros de Bússola

De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, o Triângulo das Bermudas é um dos dois lugares na Terra em que a bússola magnética aponta para o norte verdadeiro em vez do norte magnético, o outro local onde o fenômeno acontece é no “Triangulo do Dragão”, no Oceano Pacífico ao sul do Japão.

A diferença entre estes dois nortes é conhecida como variação da bússola e deve ser compensada.

Enquanto alguns atribuem os desaparecimentos a essa variação magnética, outros afirmam que os capitães de navios sabem como lidar com esse problema desde que existem navios e bússolas.

A Guarda Costeira americana acrescenta que, embora alguns valores magnéticos excepcionais tenham sido relatados dentro do Triângulo, não há nenhum que o torne mais incomum do que qualquer outro lugar na Terra.

Ilhas e Águas Rasas

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, o grande número de ilhas no mar do Caribe cria muitas áreas de águas rasas que podem ser traiçoeiras para a navegação de navios.

Tráfego Pesado

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), não há evidências de que desaparecimentos misteriosos ocorram com maior frequência no Triângulo das Bermudas do que em qualquer outra área grande e bem percorrida do oceano.

A área triangular é conhecida por ter tráfegos aéreo e marítimo pesados, assim, em termos percentuais, não ocorre mais desaparecimentos no Triângulo das Bermudas do que em outros lugares do mundo.