Índios do Araguaia Relataram Avistamentos de Discos Voadores

O Mato Grosso tem grande incidência de OVNIs desde tempos remotos.

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O ufólogo Ataide Ferreira relatou que os índios Xavantes teriam sido os primeiros a registrar o fenômeno em Mato Grosso.

“O fenômeno está ai, acontece, é real, mas ainda é camuflado na ironia e no deboche. Os registros de discos voadores em Mato Grosso vêm desde muito tempo, quando os índios da etnia Xavante descreveram uma suposta visita extraterrestre na região do Xingu e fizeram desenhos primitivos em cavernas, reproduzindo a visita de uma bola gigante no céu, afirma Ataide.

De lá para cá os acontecimentos não pararam mais de ocorrer.

 

Até o almirante Augusto João Manuel Leverger, o Barão de Melgaço, relatou ter visto um “disco voador” na capital mato-grossense, que é a primeira aparição documentada de um Objeto Voador Não Identificado no Brasil e teria ocorrido em 1856.

“O primeiro registro oficial de um disco voador na Capital foi feito pelo Barão de Melgaço. Ele relata um acontecimento em 1856, em que viu objetos em forma de disco no céu, próximo ao Rio Cuiabá, quando estava indo para o Paraguai. Ele relatou que nunca tinha visto nada parecido com aquilo”, conta o ufólogo.

A Chapada dos Guimarães, que fica a 65 km ao Norte de Cuiabá é outro local de constantes avistamentos de OVNIs.

“Um objeto não-identificado foi visto por vários banhistas em 2010 na Salgadeira. Esse objeto era muito brilhante. Realizamos diversos estudos e a astronomia descartou a possibilidade de que pudesse ser Vênus, o planeta do sistema solar, cujo brilho o faz ser confundido com uma estrela. Nas filmagens o objeto aparece estático, mas há relatos de pessoas que viram uma movimentação”, disse Ataide.

Questionado se já conseguiu provar se algum desses objetos voadores vistos no Estado são mesmo de seres extraterrestres, o ufólogo afirmou que a comprovação é muito relativa.

Segundo ele, mesmo que todos os vestígios indiquem que o fenômeno não é desse planeta, não é possível afirmar que se trata de um fenômeno extraterrestre.

“O que é real para mim, não é real para o outro. Uma coisa é você pegar o relato de uma pessoa que pode estar mentindo e outra coisa é mostrar registros arqueológicos. Nós temos aqui na América do Sul, na Bolívia, dados arqueológicos impressionantes, como crânios alongados. Os estudos revelam que eles não têm o mesmo DNA que o nosso. Além disso, a massa encefálica desses crânios é muito maior que a nossa. Mas isso prova? Não, mas isso deixa você com a pulga atrás da orelha. Os estudos científicos estão ai para mostrar até que ponto é real ou imaginário, e nessas pesquisas nós constatamos isso: de cada 100 casos, cerca de cinco chamam atenção de verdade, têm algo significativo”, afirmou.

Ataíde Ferreira disse ter visto objetos não-identificados quando ainda era criança e, para ele, extraterrestres existem e não são hostis, pelo contrário, são seres evoluídos tanto espiritualmente quanto tecnologicamente.

Discoporto

De acordo com Ataíde, a maior incidência de relatos de OVNIs em Mato Grosso ocorre na região de Barra do Garças, especialmente na Serra do Roncador.

Em 1925, o coronel Percy Fawcett desapareceu misteriosamente no local, após organizar um expedição para procurar uma civilização perdida. “Esse caso foi incentivo para o filme ‘Os Caçadores da Arca Perdida’ e inspiração para o livro ‘As Minas do Rei Salomão'”, descreveu o ufólogo.

A familiaridade da região de Barra do Garças com seres extraterrestres é tão grande que a cidade construiu até um discoporto.

O projeto foi apresentado pelo ex-senador e então vereador Valdon Varjão, em 1996, quando resolveu chamar a atenção da mídia nacional ao destinar uma área no Parque Estadual da Serra Azul, em Barra do Garças, para a construção de um aeroporto para discos voadores.

Na época, Varjão foi tachado de louco, porém sua iniciativa ganhou a projeção que buscava, atraindo para a cidade equipes de reportagens de vários meios de comunicação. Ele chegou a ser convidado para o Programa Jô Onze e Meia, apresentado por Jô Soares, no SBT.

“O projeto foi aprovado de forma unânime na Câmara Municipal, porque na região há um grande índice de acontecimentos, de relatos. Então lá as pessoas têm uma familiaridade com o fato”, contou Varjão.

Recentemente, a Câmara de Barra do Garças também aprovou o “Dia do ET” e, de acordo com a proposta, a data é comemorada em todo segundo domingo de julho.

Abdução

Outro grande acontecimento da ufologia em Mato Grosso, segundo Ataíde, ocorreu em 1978, em Rondonópolis, município localizado a 212 km ao Sul de Cuiabá.

Na época, um menino teria sido abduzido por um disco voador em Goiania e deixado pelos extraterrestres a 700 km de distancia, em Rondonópolis.

“O menino conta que estava jogando bola com amigos quando um objeto apareceu em cima dele no campo de futebol. As outras crianças correram, mas ele e o primo dele ficaram presos no chão. Nesse momento foram sugados pelo objeto. Naquele mesmo dia, à noite, ele apareceu em Rondonópolis, quando ocorreu um blecaute geral na cidade. Na época, um engenheiro vendo aquele menino à noite contando aquelas histórias, o acolheu. No outro dia a imprensa noticiou o ocorrido e a história foi matéria de capa em vários jornais e, até hoje, não se sabe o paradeiro do primo do menino”, disse o ufólogo.