A Conexão Interdimensional entre OVNIs e o Pé Grande

As teorias do multiverso e das infinitas realidades paralelas poderiam conectar o fenômeno OVNI e os viajantes interdimensionais chamados de Pé Grande?

Links Patrocinados
 

Por centenas de anos, pessoas em todo o mundo relataram encontros com monstros, fadas, anjos e demônios e outras criaturas sobrenaturais, e até hoje essas experiências persistem.

Seria fácil dizer que essas são simplesmente figuras arquetípicas, seres que nosso consciente coletivo evoca em nossas mentes com características antropomórficas, baseadas em medos ou funções subliminares de nossa psique. Ou poderíamos cogitar a possibilidade ostensivamente bizarra de que essas sejam entidades de outra dimensão operando em reinos superiores de existência.

John Keel, o proeminente ufólogo e pesquisador paranormal, que ficou famoso pelo seu livro de 1975 “As Profecias do Mothman”, o Homem Mariposa, que virou filme em 2002, uma vez propôs a ideia de que existem “áreas de janelas” em todo o mundo, conectando nossa realidade com dimensões paralelas. Essas áreas, imaginou Keel, podem ajudar a elucidar alguns relatos inexplicáveis dessas entidades sobrenaturais.

 

Keel referiu-se a essas entidades como seres ultra-terrestres, que seriam capazes de cruzar dimensões à vontade, muitas vezes agindo como um tipo de “brincalhões cósmicos”.

Teorias do Pé Grande Interdimensional

Quando se trata do Pé Grande, Sasquatch, Yeti, ou qualquer outra designação que possam ter, muitas vezes há uma brincadeira ou assombração descrita em suas ações. Batidas de árvores ou gritos assustadores alertam sobre sua presença até que as testemunhas se aproximem o suficiente para que possam ter um vislumbre antes da criatura desaparecer no ar.

Sua aparência pode ser considerada outra forma de brincadeira, incorporando uma criatura primitiva semelhante a um macaco, algumas vezes pequeno e outras gigantesco, que exala um odor nocivo. No entanto, eles são capazes de evitar o contato conosco, apesar dos milhares de avistamentos relatados ao longo de centenas de anos em todos os continentes do planeta.

Um relato intrigante ligando OVNIs e o Pé Grande vem de um encontro de 1888 entre criadores de gado e um grupo de nativos americanos no norte da Califórnia. Os nativos descreveram três “ursos malucos” que desceram do céu em uma “pequena lua” e os deixou na floresta antes de partir.

Um outro caso, em Cincinnati, Ohio, em 1973, uma mulher chamada Reafa Heitfield e sua filha foram acordadas no meio da noite com um feixe de luz que se estendia de um objeto em forma de guarda-chuva no céu. Rastreando a luz até onde ela pousou na floresta próxima, as duas notaram uma criatura simiesca acinzentada vagando em direção ao feixe. Antes que elas percebessem, tanto o macaco quanto a nave haviam desaparecido.

Embora essas histórias possam ser apócrifas por natureza, é relatado que pelo menos 20 por cento dos avistamentos do Pé Grande coincidem com eventos de OVNIs.

Jack Cary, um criptozoologista que estudou o Pé Grande por décadas, diz que acredita ser alternativamente plausível que o Pé Grande esteja sendo abduzido por OVNIs da mesma forma que os humanos, para estudar seu DNA e atributos físicos.

Cary também atribui a ideia de que algo chamado de Efeito Mach poderia explicar a possibilidade de viagens interdimensionais. O Efeito Mach, que na verdade é um princípio sólido em física testado pela NASA, emprega o uso de flutuações criadas por um corpo de massa à medida que ele acelera, que por sua vez são usadas para gerar impulso.

O cientista acredita que essas flutuações da Terra poderiam criar rasgos momentâneos na membrana eletromagnética, separando nosso universo de um outro paralelo, permitindo que entidades extradimensionais tenham acesso a esta dimensão.

O ilustre astrônomo e ufólogo Jacques Vallee, que foi aluno e colaborador de J. Allen Hynek do Projeto Blue Book, também pensa que pode haver algo extradimensional acontecendo, compartilhando uma impressão semelhante a de John Keel ao falar sobre o fenômeno OVNI. Vallee acredita que há algo mais do que a explicação tradicional de uma raça extraterrestre visitando a Terra, em vez de acreditar em uma possível janela para outra dimensão.

“Estamos lidando com um nível de consciência ainda não reconhecido, independente do homem, mas intimamente ligado à Terra. Não acredito mais que os OVNIs sejam simplesmente espaçonaves de alguma raça de visitantes extraterrestres. Essa noção é muito simplista para explicar sua aparência, a frequência de suas manifestações através da história registrada e a estrutura das informações trocadas durante o contato”, diz o astrônomo.

O OVNI do Pé Grande Investigado pela CIA

Parque Estadual de Presque Isle.

Na década de 1960, a CIA investigou um suposto encontro simultâneo entre o Pé Grande e um OVNI no Parque Estadual de Presque Isle, na cidade de Erie, na Pensilvânia. Os relatórios que se seguiram foram documentados como parte do Projeto Blue Book, durante o qual o governo americano investigou milhares de casos envolvendo OVNIs.

Presque Isle é uma península que se estende sobre o Lago Erie para formar a baía de Presque, um dos destinos turísticos de verão mais visitados do estado da Pensilvânia. Na noite de 31 de julho de 1966, quatro turistas de Nova York encalharam seu carro na areia após passar o dia relaxando na Praia Seis da península.

Um integrante do grupo, Gerald LaBelle, foi enviado para chamar um guincho, enquanto os demais permaneceram no carro. Por volta das 22h, uma patrulha da polícia parou para perguntar se eles estavam bem. Depois de serem informados de que a ajuda estava a caminho, os policiais disseram que voltariam a verificar dentro de uma hora.

Quando a polícia voltou, cerca de 35 minutos depois, o grupo disse ter testemunhado “algo estranho acontecendo lá em cima”, apontando para um local no céu acima de uma área arborizada. Um dos membros do grupo, Douglas Tibbets, foi investigar junto com os dois oficiais.

As duas mulheres do grupo, Betty Klem e Anita Haifley, permaneceram no carro enquanto esperavam o retorno de todos. Tibbets e os oficiais caminharam cerca de 300 metros pela praia antes de ouvir a buzina do carro, e correram de volta para ver o que tinha acontecido.

Klem e Haifley claramente abaladas, disseram que testemunharam uma “forma negra e opaca, maior do que um homem, cabeça e ombros grandes, apêndices semelhantes a braços, sem mãos, sem rosto visível, como se estivesse de costas, na frente de seu carro antes de desaparecer nos arbustos”, quando Klem tocou a buzina. Um som de arranhão na lataria do carro também foi relatado.

No final, esta criatura foi descartada pelos investigadores como um guaxinim, apesar da descrição muito distinta das mulheres de uma figura bípede humanoide. Mas e o OVNI?

O OVNI foi descrito como uma nave angular emitindo luzes vermelhas e laranja, antes de descer na praia, onde irradiava um feixe de luz branca que rastreou algo na floresta. Mas eventualmente, ele decolou em uma velocidade incrível para o Norte, logo depois que as mulheres encontraram a figura humanoide.

Na madrugada seguinte, os policiais patrulharam a área onde a aeronave teria pousado. O relatório diz que eles notaram a presença de duas marcas triangulares incomuns na área coincidindo com a zona de pouso da nave. O oficial que redigiu o relatório disse: “Não tenho uma explicação razoável sobre o OVNI” e descreveu as testemunhas como dignas de crédito.

A investigação do caso acabou sendo abandonada, permanecendo sem solução até hoje. Apesar do testemunho dos integrantes do grupo, o relatório do Projeto Blue Book não apresentou nenhuma conclusão definitiva.

Relatório do caso arquivado pelo Projeto Blue Book.

Uma estação de televisão local transmitiu um segmento alguns anos depois, onde entrevistou um homem que alegou que o OVNI era um balão de ar quente que ele havia encomendado e construido. Mas a afirmação desse homem implica que o balão de ar quente feito em casa teria viajado em linha reta, exatamente ao norte por vários quilômetros, levado pelo vento sem se desviar do curso.

Apesar de os relatos das testemunhas descreverem algo muito mais complexo do que um balão de papel, o depoimento do homem não explica as estranhas marcas na praia onde a nave supostamente pousou, confundindo os investigadores da CIA.

O incidente de Presque Isle poderia ser o resultado de uma dessas “áreas de janelas”, onde seres arquetípicos de outra dimensão entraram em nosso universo? Até hoje as testemunhas mantêm seus relatos sobre o que aconteceu e muitos outros se apresentaram posteriormente dizendo que também viram um OVNI acima da península naquela noite.

Como a física teórica continua a mudar nossa percepção da realidade, com a perspectiva de um multiverso e do entrelaçamento quântico, parece que o que Einstein chamou de “ação fantasmagórica à distância” pode ser um pouco mais fantasmagórica do que imaginávamos.