Foram listados 18 documentos com informações potencialmente sensíveis. No entanto, apenas 15 haviam sido revelados até o ano passado, e sem alarde, uma vez que negavam qualquer aparecimento de objetos voadores não identificados.
Recentemente, os três últimos foram liberados para serem enviados ao Arquivo Nacional e embora não contenham histórias mirabolantes sobre homenzinhos verdes ou invasões alienígenas, elas mostram que o governo britânico tomou a ameaça dos OVNIs, que chamam de “Fenômenos Aéreos Não Identificados” (UAP, em inglês), muito mais seriamente do que estavam dispostos a admitir.
A primeira revelação presente nos novos arquivos mostra que o Ministério da Defesa tinha duas forças-tarefa para lidar com supostos avistamentos de OVNIs entre os anos de 1947 e 1997.
Embora uma delas fosse de conhecimento público, uma vez que havia uma linha telefônica para denúncias, a segunda era secreta e composta apenas por funcionários e especialistas em inteligência que trabalhavam para investigar possíveis ameaças extraterrestres.
Uma preocupação aparentemente séria revelada pelo dossiê falava sobre um governo hostil (possivelmente a China ou a então URSS) que havia capturado um OVNI e estava disposto a usar tecnologia alienígena para atacar o Reino Unido. Sendo assim, a própria Grã-Bretanha estava à procura de ajuda interplanetária.
Basicamente, os relatórios mostram que as autoridades britânicas estavam desesperadamente interessadas em encontrar um Extraterrestre.
Segundo consta no documento escrito por um Comandante da Força Aérea:
“Monitore todos os relatórios caso, no futuro, os fenômenos subjacentes, até então desconhecidos / não compreendidos, estejam sendo explorados por outra nação.”
“Um inimigo real – ou potencial – poderia desenvolver um dispositivo voador com as características que esses fenômenos parecem ter […] altas velocidades, manobras bruscas, voo estacionário e poucos retornos de radar”.
“A RAF deveria ser informada sobre novas tecnologias que poderiam ser úteis para seus programas […] Propulsão, furtividade e qualquer nova tecnologia eletromagnética são de particular interesse”.
A unidade de OVNIs do Ministério de Defesa foi fechada em 2000 depois que uma investigação, também tornada pública este ano, concluiu que os relatórios “não fornecem informações proveitosamente úteis para a Inteligência de Defesa”.