Mesmo após mais de 70 anos, o Caso Roswell continua a atrair o interesse após todos esses anos, e um investigador britânico fez novas e chocantes revelações sobre o que teria acontecido aquele dia de julho de 1947, no Novo México (EUA).
Um objeto misterioso se chocou contra o deserto durante uma tempestade próximo ao, então chamado, Campo Aéreo do Exército Roswell (em inglês RAAF: Roswell Army Air Field) em julho de 1947. O local mudou de nome para Base da Força Aérea Walker (Walker Air Force Base) em 1948.
Um assessor de imprensa da RAAF emitiu uma declaração em 8 de julho de 1947 descrevendo a queda e a recuperação de “um disco voador”, que muitos interpretaram como evidência de contato alienígena. Mas, no dia seguinte, outro oficial do exército disse ao repórteres que os oficiais da RAAF haviam recuperado apenas um balão meteorológico, e não um disco voador.
Fotos de jornal da época mostram o Major Jesse Marcel posando com pedaços do que parecia ser um balão meteorológico de alta altitude, rasgado e com um refletor de radar. Mas nas décadas seguintes, muitos especularam sobre o relatório inicial do “disco voador” dos militares, perguntando se os destroços eram mais incomuns do que as fotos sugeriam.
O investigador e perito Philip Mantle afirma que o Major Jesse Marcel, primeiro militar a chegar ao local do acidente, teria escondido materiais retirados do local da queda do OVNI e atuado para acobertar o caso. Na época, o Major Marcel era um Oficial de Inteligência da RAAF e foi designado para ir ao local e “recolher pedaços de dispositivos e auxiliar em futuras investigações”.
A fonte para esses novos detalhes seria o próprio Major Marcel, que admitiu, antes de morrer em 1986, que ajudou a acobertar o que aconteceu no local do impacto.
Segundo uma testemunha ouvida por Mantle, o major confidenciou que guardou parte do material que ele coletou naquele dia dentro de um aquecedor de água em sua casa.
A testemunha, Calvin Parker, hoje com 64 anos, contou que conheceu o major após ele próprio ter um encontro com um OVNI e um amigo em comum apresentá-lo ao ex-oficial da Força Aérea.
“Ele me disse que recebeu ordens para dizer que era apenas um balão meteorológico que caiu e, sendo um bom soldado, ele cumpriu essas ordens”, contou Calvin.
O Diário Secreto de Roswell surge em um novo documentário sobre OVNIs
A história de Roswell agora dá uma nova guinada, já que a família do Major Marcel revelou que manteve seu diário secreto pessoal sobre Roswell, que contém pistas e observações secretas codificadas e até então desconhecidas sobre o acidente, que ajudarão a esclarecer o que realmente aconteceu em Roswell em 1947.
O diário secreto e seu conteúdo foram apresentados na série do History Channel, Greatest Mysteries, em um episódio chamado Roswell: The First Witness, lançado em 12 de dezembro de 2020 nos Estados Unidos.
O apresentador do programa, Ben Smith, é um ex-agente da CIA e o principal investigador do programa. Ele acha que é muito incomum que, um dia após o governo alegar ter recuperado um OVNI, a história foi mudada e mantida que era apenas um balão meteorológico.
“O governo alegou ter recuperado um OVNI, eles fizeram um comunicado à imprensa sobre isto. Nenhum outro governo no mundo disse ‘Temos uma espaçonave’ e, no dia seguinte, houve outro comunicado à imprensa que dizia: ‘Não se preocupem, foi apenas um balão meteorológico'”, diz Smith.
O documentário revisita o local do acidente de Roswell, incorporando pesquisas aéreas e mapeamento, e usando imagens multiespectrais para detectar micro-depressões no solo que podem indicar onde os destroços caíram.
Mas o componente central da nova investigação é o diário que o Major Marcel manteve durante sua investigação do acidente de Roswell, escrito em uma linguagem codificada, e que, agora, está em posse de seus netos que afirmam: “Meu avô contou muitas vezes que o que aparece na foto publicada no jornal, aquela em que ele segura os restos de um balão meteorológico, não foi o que ele realmente encontrou em Roswell, e ele acreditava que o objeto que caiu no deserto do Novo México tinha origens extraterrestres”.
“É a história da origem dos OVNIs, a perspectiva de um acobertamento do governo para o contato alienígena. A ficção científica já existia, mas as coisas que passaram para nós através da cultura pop encontraram suas origens no sigilo do governo em torno dessa estranha sequência de eventos em 1947. Tudo começa em Roswell. Agora, uma análise forense do diário secreto de Marcel em Roswell poderia revelar as mensagens que ele escreveu sobre o acidente no momento em que aconteceu”, diz Smith.
O interesse em OVNIs não diminuiu desde o Incidente Roswell. Em 2017 e 2018, pilotos da Marinha dos EUA registraram três encontros com OVNIs em movimento rápido (também chamados de UAP, ou Fenômenos Aéreos Não Identificados) e a Marinha, oficialmente, tornou públicos os vídeos destes encontros. Também em 2017, um ex-oficial do Pentágono confirmou a existência de uma agência federal que vinha investigando secretamente OVNIs desde 2007 e que pode estar ativa até hoje.
