
O projeto é chamado de Trillion Planet Survey e está sendo executado pela Universidade da Califórnia.
A ideia é que se houver uma civilização extraterrestre que propositadamente envie sinais talvez seja possível identificá-la.
A equipe está à procura de transmissões de uma civilização de “classe similar ou superior à nossa tentando transmitir sua presença usando feixes de luz”, disse Andrew Stewart, da Emory University. Isso é conhecido como SETI Óptico (Busca por Inteligência Extraterrestre por meio de luz).
Com base em um artigo de Philip Lubin, que lidera o novo projeto, a equipe está buscando a ideia de que existem outras civilizações que não sabem que estamos aqui, mas podem estar tentando fazer contato.
Por meio da fotônica (ciência da geração, emissão, transmissão, modulação, processamento, amplificação e detecção da luz) seria possível criar uma luz brilhante que pudesse ser vista através do universo.
A equipe está agora pesquisando na Galáxia de Andrômeda à procura por uma luz assim.
Usando uma série de imagens tiradas por telescópios, os astrônomos vão criar uma única imagem da galáxia e compara-la com outras imagens de controle buscando por “sinais transitórios”, que são eventos que operam em intervalos de tempo relativamente curtos medidos em anos ou menos.
Se houver uma diferença entre a foto de pesquisa e a foto de controle, isso pode significar que algum tipo de sinal está sendo transmitido.
Como Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, qualquer sinal que detectarmos terá sido enviado pelo menos há 2,5 milhões de anos atrás, tempo suficiente para uma civilização ter desaparecido, mas a equipe nota que vale a pena procurar, mesmo que as chances de sucesso sejam baixas.
“Afinal, procuramos relíquias arqueológicas e fósseis, que nos falam sobre a história passada da Terra. Encontrar sinais antigos certamente nos dará informações sobre a história da evolução da vida no espaço, e isso seria incrível”, disse Jatila van der Veen, membro da equipe.
A equipe apresentou suas pesquisas no workshop Technosignatures da NASA em Houston. Este é o mesmo workshop onde a NASA também discutiu sobre a possibilidade de voltar à busca por vida alienígena inteligente, algo que eles não fazem desde 1993.
