
Olhar para o céu e analisar coisas estranhas era uma das atividades que sempre estavam presentes nas brincadeiras de criança de Agobar Peixoto, ex-professor de Engenharia da Universidade Federal do Ceará.
Debruçar-se sobre jornais e revistas que falavam sobre ufologia foi o que motivou o cearense a ter sua primeira fascinação com o cosmos e com os mistérios que rondam a experiência humana.
Mas foi com a ajuda indireta de um padre que o interesse brotou.
“Eu morava em Maranguape e tinha um vizinho que era padre comprava livros e revistas. Uma vez ele comprou a revista Cruzeiro que tinha algumas reportagens sobre discos voadores. Eu li a tarde inteira, e daí, aos seis anos de idade, surgiu o meu interesse pelo assunto”, relembra Agobar.
Apesar de cultivar bastante a leitura sobre o tema, Agobar destaca que o envio de naves ao espaço por parte dos Estados Unidos, em 1957, chamou sua atenção.

Segundo ele, as crianças da época se interessaram bastante sobre o tema após as pesquisas espaciais e o caso não foi diferente com ele.
Logo aos 14 anos, o cearense já possuía um arquivo razoável com fotografias e matérias de jornais sobre casos misteriosos. Hoje, aos 67, o ufólogo conta sobre a primeira experiência com extraterrestres.
“Em 1968, surgiu um fenômeno no município de Pereiro, no interior do Ceará, em que apareceram bolas luminosas e coincidentemente tremores de terra. Eu e um amigo viajamos lá, e verificamos que realmente tinha acontecido o fato. Na época, fizemos uma vigília na Serra dos Macacos e presenciamos novamente o caso”, relata o professor aposentado.
Com o desenvolvimento da tecnologia, também avançaram os aprofundamentos das pesquisas.
Com uma máquina filmadora, Agobar apurou e arquivou materiais suficientes para se tornar o dono de um dos maiores arquivos de ufologia do Brasil.

Para o estudioso, o próximo passo é intensificar os estudos em relação a abdução de humanos por discos voadores.
“No Ceará existem vários casos sobre a abdução de humanos. Nós temos uma documentação de um homem que foi abduzido no centro de Fortaleza, e nossa ideia é intensificar os estudos”, disse.
Em anos de estudos, o pesquisador relata que as pessoas que foram abduzidas voltam marcadas e que chips são implantados como marcadores. “Com esse chip, eles coletam informações biológicas que vão examinar todas os nossos processos”, destaca.
Coincidências
Casado há 45 anos e pai de seis filhos, o educador ressalta o poder das coincidências como principal fator para o seu interesse em ufologia.
“O nome do primeiro pesquisador sobre o assunto foi um homem também chamado Agobar. Ele era um arcebispo de Lyon (França), no ano 847. Lá apareceram muitas naves descendo do céu e os agricultores queriam matá-los e ele os proibiu. Ele entendia que os ETs vinham de uma cidade no céu chamada Magónia”, destacou.

Mas quem pensa que as coincidências acabam por aí estão enganados. Após vários anos, o cearense conta que um cientista iria provar o poder deste fenômeno.
“Depois de vários anos um cientista francês chamado Jacques Vallée que trabalhou na Nasa e que também é pesquisador de ufologia, escreveu um livro sobre o Agobar francês chamado ‘Passaporte para Magônia’. E em 1983 eu encontrei com esse cientista para fazer uma pesquisa no Ceará”, contou o estudioso.
“Eu tinha uma amiga que era casada com um americano e esse americano conhecia esse cientista. E quando eles vieram à Fortaleza ela me apresentou. Então criei influência com ele. Isso é no mínimo curioso, porque o maior cientista de ufologia se interessou por um Agobar francês e acabou conhecendo um Agobar cearense”, completa o ex-professor da UFC.
