Segundo mostram os testes genéticos feitos na múmia, batizada pelos pesquisadores como Maria, ela é humanoide, pois contém 23 pares de cromossomos. Entretanto, para o professor Konstantin Korotkov, da Universidade Nacional de Pesquisa da Rússia, isso não significa que o esqueleto com três dedos e crânio alongado seja humano.
Maria foi encontrada no Peru, junto aos restos de um bebê de aproximadamente nove meses. Além disso, o professor Korotkov conta que, durante as buscas, ele e os seus colegas de profissão encontraram mais quatro esqueletos, aparentemente masculinos, que viveram há mais de seis mil anos.
“Cada uma das múmias tem dois braços, duas pernas, uma cabeça, um par de olhos e uma boca, como todo o ser humano. O tecido tem natureza biológica e as composições químicas indicam que são humanas. O DNA possui 23 pares de cromossomos, tal como nós temos. Todos os quatro são do sexo masculino, pois todos têm o cromossomo Y. Eles parecem humanos, mas não são. Mesmo com todos os dados sinalizando a humanidade, há um que serve de alerta: as estruturas anatômicas são totalmente diferentes”, explicou Korotkov.
Os cientistas também confirmaram que o esqueleto estava coberto com cloreto de cádmio, o que pode explicar sua boa conservação e revela técnicas avançadas utilizadas pelos antigos povos da América do Sul.
Um outro cientista, Steve Mera, depois de fazer uma série de testes científicos e estudos na múmia peruana, acredita que Maria não teria origem extraterrestre, mas que possa ser uma nova espécie de ser humano.
Utilizando a análise de DNA e de carbono 14, o pesquisador descobriu que o corpo mumificado tem cerca de 1.800 anos de idade, e os resultados sugerem que ela teria 98,5% de DNA primata e 1,5% de DNA de origem desconhecida, porém, com uma estrutura genética similar à de um ser humano.
A múmia Maria, que contém três dedos e cabeça alongada, fez com que Mera acreditasse se tratar de uma nova e ainda desconhecida espécie ancestral de ser humano.
“Podemos dizer que temos evidências de que o corpo de Maria constitui uma descoberta incrível. Uma descoberta que pode nos levar a alterar nossos livros de história para sempre. Ela pode ser a descoberta mais importante do século 21”, afirmou o pesquisador.
As equipes de pesquisadores ressaltam que planejam continuar estudando a “múmia extraterrestre” e os demais esqueletos, e que pretendem desvendar suas origens e genomas em parceria com as autoridades peruanas.