Debate Sobre OVNIS nos EUA

Uma série de arquivos confidenciais foi exposto na primeira audiência pública sobre avistamentos de OVNIs em 50 anos.

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A última vez em que os OVNIs foram discutidos no Congresso dos Estados Unidos foi em 1966, durante duas sessões convocadas por Gerald Ford, que em 1974 foi eleito presidente. Na época, um avistamento massivo de OVNIs ocorreu em Michigan, com numerosas testemunhas, e o caso foi amplamente divulgado pelos canais de notícia.

Em 2017, diversos meios de comunicação dos EUA, como The New York Times, CNN e The Washington Post, noticiaram que o Pentágono investigava avistamentos de OVNIs por pilotos de combate e que esses objetos teriam interferido em instalações de armas nucleares.

Após um pedido do Congresso dos Estados Unidos em 2020, baseado na Lei de Liberdade de Informação, o governo prometeu publicar um relatório com as informações sobre avistamentos de OVNIs e casos inexplicáveis nas últimas duas décadas.

 

O documento só foi liberado em 2021, e o Diretor de Inteligência Nacional dos EUA afirmou, simplesmente, que não havia explicação para dezenas de incidentes com OVNIs.

O assunto voltou a ser notícia em maio de 2022, com a primeira audiência pública sobre o fenômeno OVNI em 50 anos.

Durante a audiência, o vice-diretor de Inteligência Naval dos Estados Unidos, Scott W. Bray, afirmou que as equipes de inteligência dos EUA ainda não descobriram nada de “origem não-terrestre” em nenhum desses incidentes.

“Nunca obteve-se material orgânico, inorgânico ou restos inexplicáveis, e não houve tentativa de estabelecer comunicação com estes objetos. Ainda”, disse Bray.

Scott W. Bray, vice-diretor de Inteligência Naval dos Estados Unidos.

Durante sua apresentação, diversas imagens e vídeos confidenciais foram mostradas. Uma das imagens foi captada por uma câmera de visão noturna do Comando de Sistemas Aéreos Navais dos EUA. Trata-se de uma espécie de objeto triangular que sobrevoava o céu dos Estados Unidos e, por alguns momentos, permanecia parado no céu.

Conforme explicado por Scott W. Bray, não parecia ter nenhum sistema de propulsão, mas piscava e desapareceu tão misteriosamente quanto havia aparecido.

“Não tenho uma explicação do que é esse objeto”, afirmou Bray.

Em um outro caso, segundo a explicação vice-diretor de Inteligência Naval, as imagens teriam sido captadas por uma aeronave militar que operava em campo de treinamento. Um objeto esférico cruzou o céu rapidamente e foi visto pelo piloto na cabine.

Os congressistas americanos mostraram preocupação com a possibilidade de que os OVNIs fossem uma espécie de tecnologia desconhecida de outros países e pudessem representar uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. No entanto, a hipótese de uma possível origem extraterrestre dos objetos das imagens não tranquilizou ninguém.

O subsecretário de Defesa para Inteligência e Segurança, Ronald Moultrie, também admitiu que não havia uma explicação razoável para alguns incidentes do seu banco de dados. A maioria dos avistamentos de OVNIs relatados pode ser explicada, e esses incidentes inexplicáveis são minoria.

Objeto triangular que sobrevoou os EUA.

“Quaisquer objetos que encontramos, provavelmente, podem ser isolados, caracterizados, identificados e, se necessário, mitigados. Há um pequeno número de eventos em que há características de voo que não podemos explicar com os dados que temos disponíveis. Esses são obviamente os que mais nos interessam”, disse Moultrie.

De acordo com informações divulgadas, os Estados Unidos possuem um banco de dados oficial no qual são descritos cerca de 400 incidentes envolvendo OVNIs, e 11 deles quase terminaram em acidentes com aviões americanos. Muitos eventos semelhantes também ocorreram no Canadá.

Os militares dos Estados Unidos garantem que os objetos que protagonizaram esses fenômenos aéreos inexplicáveis, registrados nesse banco de dados, parecem não ter meios de propulsão, algo tecnicamente impossível de decifrar.

O fato é que as últimas notícias sobre os UAP, a nova sigla para “Fenômenos Aéreos Inexplicáveis”, abrem caminho para a possibilidade de que, em algum momento no futuro, receberemos visitantes do espaço interestelar.