China afirma que utilizará sistema de ‘ranking social’

Após realizar testes com sucesso, as autoridades da China afirmaram que estudam implantar um sistema de "ranking social".

Sistema de reconhecimento facial já é utilizado na China (Foto: Divulgação)
Links Patrocinados
 

Após realizar testes com sucesso, as autoridades da China afirmaram que estudam implantar um sistema de “ranking social”.

Fumar em áreas proibidas, não pagar os impostos de modo correto e até realizar compras de itens que não são bem vistos aos olhos do governo (como bebidas alcoólicas) poderão render “penalizações sociais” aos 1,4 bilhão de chineses.

Pessoas com bom comportamento teriam acesso a tratamento VIP em aeroportos, descontos em taxas, promoções em hotéis e acesso mais fácil às universidades de elite do país.

 

De acordo com informações iniciais, o governo estuda premiar os cidadãos que realizam serviços em benefício da comunidade e têm hábitos “corretos”, como comprar regularmente produtos de origem chinesa.

Para realizar esse monitoramento, a China utilizaria dados recolhidos das mais diversas fontes: onde compra, o que compra, onde vai, quantos amigos tem, se tem filhos, se paga as contas em dia.

O governo também utilizaria sua rede de 600 milhões de câmeras com Inteligência Artificial que já operam no país, os equipamentos são capazes de identificar rostos e fornecer informações sobre possíveis suspeitos às autoridades.

A pontuação final do ranking será pública e poderá influenciar em diferentes aspectos, como seleção para uma vaga de trabalho, inscrição para determinada escola ou a permissão para assinar um empréstimo no banco.

Em alguns casos, as pessoas que apresentam um comportamento “ruim” poderiam até mesmo sofrer uma redução na velocidade dos planos de internet.

O programa foi anunciado em 2014 e desde então está sendo testado em algumas províncias chinesas.

E, não é de se surpreender, desperta preocupação às organizações de direitos humanos em todo o planeta: apesar de nos últimos anos o país ter passado por um processo de distensão política, ainda há censura de informações e sanções a pessoas consideradas “dissidentes” do governo.

Com o sistema de “ranking social”, cidadãos que criticam as linhas políticas chinesas estariam ainda mais vulneráveis em relação ao poder estatal.